Veja em baixo as perguntas e respostas para as perguntas frequentes que temos...
Não, as gorduras que existem nos alimentos têm diferentes fórmulas químicas e diferentes funções no organismo. As gorduras podem dividir-se em dois grandes grupos: as saturadas e as insaturadas, que se distinguem a olho nú pela consistência à temperatura ambiente. As gorduras saturadas são sólidas à temperatura ambiente e existem na manteiga, queijo, nata, carne vermelha e produtos de pastelaria. As gorduras insaturadas são líquidas à temperatura ambiente, e incluem os óleos vegetais, o azeite e as gorduras do peixe. As insaturadas podem ser do tipo mono-insaturado ou poli-insaturado (ambas importantes mas com efeitos diferentes), e têm efeitos benéficos diminuindo o risco de doença cardíaca, enquanto as saturadas têm efeitos contrários.
A tabela nutricional que existe nos rótulos dos alimentos refere não só a gordura total mas muitas vezes também refere quanta dessa gordura é saturada e quanta é insaturada. Esteja sempre com atenção aos rótulos de modo a fazer as compras mais inteligentes. Prefira sempre alimentos cujas gorduras sejam essencialmente insaturadas, e evite os que contêm gordura hidrogenada nos ingredientes. Não faz sentido comprar alimentos, mesmo que mais baratos, que possam contribuir para diminuir um dos seus bens mais preciosos: a saúde!
Os óleos vegetais são obtidos a partir de sementes oleaginosas (girassol, canola, linhaça, amendoim), de leguminosas como a soja, de cereais como o milho e o trigo, e de frutos como a noz e a avelã. A obtenção de um óleo puro pretende aproveitar ao máximo as gorduras insaturadas e outros nutrientes benéficos fornecidos pelos alimentos em natureza, separando-o dos outros constituintes do grão ou fruto, que poderão por sua vez ser usados para outros fins.
Sim, claro. Toda a alimentação humana deve conter gordura, tanto para assegurar a energia necessária para viver e crescer, como para fornecer os ácidos gordos importantes no metablismo. Segundo a OMS, as gorduras devem contribuir para 20 a 35% das calorias que ingerimos diariamente.
O aporte correcto de alguns ácidos gordos da família dos ómega-3 melhora o funcionamento do cérebro. Estas melhorias já foram descritas de várias formas, tanto a nível da aprendizagem e na diminuição da irritabilidade em crianças do primeiro ciclo, mas também em jovens adultos praticantes de desportos rápidos e de pontaria, como a esgrima e o basquetebol. Estes efeitos são consequência da própria estrutura do cérebro, que é essencialmente composto por células que passam o estímulo nervoso através da sua membrana. Essa membrana é constituída por lípidos, e quanto mais ácidos gordos poli-insaturados de cadeia longa (conhecidos por DHA, EPA) e ALA, todos ómega-3, mais fluida e maleável se torna e assim melhor se faz a passagem do estímulo nervoso.
Na realidade, o que provoca o excesso de peso é sempre um desiquilíbrio entre a quantidade de energia fornecida pelos alimentos e a energia gasta pelo organismo para viver, crescer e movimentar-se. Isto é absolutamente consensual no estudo da obesidade. Claro que há que ter cuidado com alimentos com mais calorias, mas vale a pena rever o que pensava saber. Os fritos vão ter alguma gordura acrescida que migra do óleo onde é frito, na ordem dos 30% no caso das batatas fritas de pacote e de 10% no caso das batatas caseiras em palitos. Para poder comparar, uma chávena almoçadeira com batatas fritas caseiras tem a mesma gordura que duas batatas do tamanho de um ovo (160g) temperadas com 1,5 colher de sopa de azeite.
Os ácidos gordos essenciais são lípidos que o corpo não consegue fabricar, mas que são essenciais para o seu funcionamento, ou seja, para a vida humana. Trata-se de dois ácidos gordos poli-insaturados: o ácido linoleico, o ácido gordo mais pequeno da família dos ómega-6, e o ácido alfa-linolénico, o mais pequeno da família dos ómega-3. A maioria dos óleos vegetais são uma fonte importante de ácido linoleico, sobretudo os óleos de milho, girassol e soja. Adicionalmente, óleos vegetais, como o de canola, o de linhaça, o de noz e o de soja, são importantes fontes de ácido alfa-linolénico.
A alimentação saudável é a que fornece os nutrientes que protegem a nossa saúde. A mesma alimentação saudável implica ingerir vários tipos alimentos, 5 a 7 vezes por dia, 365 dias por ano, muitos anos de vida. Nessas refeições há espaço para todos os alimentos, uns com maior frequência e uns mais esporádicos. Os fritos podem fazer parte de uma alimentação saudável desde que siga alguns conselhos simples: escolher alimentos pouco gordos para fritar, escolher um óleo de qualidade, seguir as regras de uma boa fritura, moderar as quantidades ingeridas e espaçar a repetição de fritos intercalando-os com outros métodos culinários.
Os óleos são alimentos muito versáteis, podendo ser usado em vários tipos de preparações culinárias como fritos, assados, salteados, na confecção de bolos e biscoitos, etc. O sabor suave de alguns óleos, que respeita o sabor original dos alimentos, torna-os também muito úteis no tempero de alimentos com aromas mais subtis e na preparação de marinadas com especiarias e ervas aromáticas. Tudo isto com a vantagem de se estar a usar gorduras saudáveis.
O colesterol existe essencialmente nos alimentos de origem animal. Todos os alimentos de origem vegetal são isentos de colesterol, e os óleos vegetais estão incluídos neste grupo. Os fritos vão conter apenas o colesterol contido no alimento a fritar, e não no óleo. É por essa razão que as batatas fritas (sendo os seus ingredientes apenas vegetais) não contêm colesterol.
Os fritos podem dar-se às crianças que sejam saudáveis e com peso equilibrado para a sua altura. No caso das crianças é muito importante que apenas se frite alimentos com baixo teor em gordura, como o peixe, as batatas, ou bifes de frango ou perú. Evite fritar salsichas, costoletas ou carnes recheadas com queijo. Por outro lado, deve ensinar as crianças a moderar as quantidades a comer à refeição, não exagerando na dose só porque nesse dia é o frito que adora.
A saúde é influenciada pela alimentação de várias formas, sendo uma delas o tipo de nutrientes que ingerimos e que vão ajudar a construir o nosso corpo. No caso concreto dos óleos vegetais, o organismo funcionará melhor se receber pela alimentação os ácidos gordos insaturados que existem em abundância nos óleos, em comparação com as gorduras saturadas. Os benefícios para a saúde alcançados ao trocar as gorduras saturadas pelas insaturadas estão comprovados a nível do sistema cardiovascular, com diminuição do risco de acidentes cerebrais vasculares e de enfartes. Por outro lado, os óleos vegetais são a principal fonte de vitamina E na nossa alimentação, um nutriente com uma forte acção antioxidante.
A temperatura do óleo deve estar próxima dos 180ºC, dependendo do tipo de óleo. Este equilíbrio é essencial, pois se estiver muito quente acaba por queimar o óleo e o alimento, e se estiver pouco quente permite entrada exagerada de gordura no alimento (frite congelados em porções pequenas de cada vez). Os alimentos devem estar bem enxutos, sendo habitual secá-los primeiro com um pano. O tamanho dos pedaços de alimento a fritar devem ser suficientemente grandes para que tenham menor área de contacto com óleo em relação ao seu tamanho, e suficientemente pequenos para não baixar a tempertura do óleo, que levaria a empapá-los de gordura.
Um óleo vegetal é um óleo que provém unicamente de produtos vegetais, como o milho, a soja, o amendoim ou o girassol. Por óleo alimentar entende-se o óleo que é constituído por misturas dos óleos vegetais refinados, de modo a conseguir um produto de alta qualidade. No fundo, a produção de um óleo alimentar pode ser comparada com o lotear de vinhos para obter um vinho de aroma, cheiro, cor e comportamento em fritura específicos.
Os óleos mais adequados para fritar são os que têm um sabor neutro, de modo a não influenciar o sabor dos alimentos nele fritos. Devem ser capazes de originar um alimento frito com as características desejadas (sabor, aspecto, aroma, textura) e de manter a uniformidade de fritura dos alimentos ao longo da vida útil do óleo. Não devem emitir gases ou fumos após utilização. O tipo de ácidos gordos vai determinar a resistência às temperaturas, devendo verificar sempre no rótulo se é indicado ou não para fritar.
Não.
Sim.